Pudera
a inquietude condenada
Tomar
conta de meus pensamentos
Domar
assombros e pesares
E
espantar olhares fraudulentos
Mentir
é o que eu sempre faço
Sempre
fiz, e sempre hei de fazer
Pois
a verdade em mim não tem espaço
Nunca
teve e nunca há de ter
Ignore
as mentiras deslavadas
As
contei somente por prudência
Pra
que pudesse ser despercebida
As
minhas dores e total demência
Porque
o amor, meu caro, deixa claro
E
bem visível para todo mundo olhar
Uma
ferida totalmente aberta
Para
qualquer dor que venha a mais entrar
Revelo
então em ruas e holofotes
As
mentiras que me permiti manter
E prostro-me
diante de teu busto
Cansado
de tanto me arrepender
Então
por fim concluo na poeira
Da
borracha que usarei sem nem pensar
Para
apagar o “i” que ostentas em teu nome
E
por o fim, no devido lugar

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