sexta-feira, 6 de março de 2015

Sem Palavras

     “Agora falando sério/ Eu queria não mentir/ Não queria enganar/ Driblar, iludir/ Tanto desencanto/ E você que está me ouvindo/ Quer saber o que está havendo/ Com as flores do meu quintal?/ O amor-perfeito, traindo/ A sempre-viva, morrendo/ E a rosa, cheirando mal” – Chico Buarque (Agora Falando Sério).



       Hoje faz um mês que eu estou escrevendo para o blog, e sendo assim um dia especial, eu resolvi tirar férias nesse texto. Pois não consigo falar sobre nada. Tudo o que tentei escrever hoje ficou ruim. Tentei descrever sobre o amor, o que ele é para mim e zás... Saiu algo falso, uma tentativa da minha cabeça de racionalizar a coisa mais pura e nefasta, o sentimento mais humano que pode existir.
       Sim... É provável que seja uma forma de autoproteção minha, pois não quero me lembrar dos fracassos, da frustração que senti. Mas foram deles que eu aprendi o que é realmente esse sentimento e que sempre tem que se estar aberto. Você não pode decidir se vai ou não gostar de alguém, isso simplesmente acontece e não importa quem seja  a pessoa, de uma chance a si mesmo. Nutra esse sentimento, para que no futuro você não se arrependa do que não fez.
        Não sei... Eu tenho leve impressão de que contar o número de burradas, nesse sentido é claro, não é saudável... Mas não importa. Das treze vezes, isso aproximadamente é claro, que eu falhei numa escala que vai de razoavelmente a miseravelmente, devo dizer que aprendi muito. Percebi que a melhor coisa disso tudo é simplesmente é libertar a sua mente de correntes que você criou e que nunca deveriam ter estado lá, e assim se tornar uma pessoa mais feliz.
       Bom... O texto pode até ser clichê, beirando a autoajuda, mas espero que a poesia não seja assim:



Pulsa, Trai e Contrai


Pulsa, trai e contrai,
Sensação que o coração não sente há tempos...
Será que é paixão?
Eu que tanto combato esse sentimento vil.

Mas parece que ela acabou com as minhas defesas.
Às vezes finjo esquecer que o combustível da poesia é a paixão.
Sentimento forte e intenso como fogo grego.

Não sou poeta preso em torre de marfim,
E sim em baluarte de carne,
Que em breve hei de queimar
Para assim deixar o meu espirito livre.

Pois o verdadeiro poder da paixão para o poeta
É a libertação da sua alma
Para que os dois  possam voar juntos um pouco mais.
Pelo menos até que seja reconstruído o Baluarte
A Torre.



E não é que por fim eu consegui escrever algo.

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