Culpa Encarnada
Um
diabo,
um
diabo pendurado na torre antiga,
pedra
decrepita, carne nova.
Preso
na sua sina imposta,
um
diabo, na cruz arcaica e podre,
herdando
o pecado de todos,
absolvendo
os males.
A
ironia, ó Crucificado,
Ver
perdurar a cruz e o demônio
e
a atalaia secular.
A
eternidade passante em procissão
ajoelhada
em benção,
apontando
em blasfêmia
o
pobre diabo, na cruz na torre.
A
ironia, ó Crucificado,
testemunhar
o pobre diabo
sofrer,
das criaturas, o pecado
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