sexta-feira, 23 de outubro de 2015

De longe

Longe do toque


De longe, tudo é irreal,
ilusório, em suspensão.
O vento que cá venta
lá não venta, se lá venta,
se lá tem ar, se lá tem,
                         realmente, lá!

As árvores de lá não vivem,
não farfalham as folhas delas
com rijos galhos,
                      Belas maquetes.

De longe, tudo é quadro,
Com a luz certa de hora qualquer.

O após longe,
depois das montanhas
   que não vejo, é perto.

De longe, tudo que
se move é cinema.

E o astronauta,
que de longe viu a terra
no quadro negro,
entendeu seus contorno de giz.





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