Longe
do toque
De
longe, tudo é irreal,
ilusório,
em suspensão.
O
vento que cá venta
lá
não venta, se lá venta,
se
lá tem ar, se lá tem,
realmente, lá!
As
árvores de lá não vivem,
não
farfalham as folhas delas
com
rijos galhos,
Belas maquetes.
De
longe, tudo é quadro,
Com
a luz certa de hora qualquer.
O
após longe,
depois
das montanhas
que não vejo, é perto.
De
longe, tudo que
se
move é cinema.
E
o astronauta,
que
de longe viu a terra
no
quadro negro,
entendeu
seus contorno de giz.
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