Será
apenas uma poesia, simples poesia. Peço que sintam e tirem as suas conclusões.
Passará
Tanta
agonia, os olhos lacrimosos.
A
inveja dos casais, trocando mãos nas ruas.
Peitos
estufados, pavões urbanos.
Ladrões!
Roubam a cena do passarinho cinza.
Cinza!
Cinza! Impassividade
Ante
o ódio à frente, preso em si.
Pavões
não voam. Passarinho pode.
Passarinho
Cadê?
Engaiolado
na visão,
Flutua
no ar, movimento em forma de beijos.
Enlouquece,
desvia, o concreto
Foge
da realidade.
Pavonear
não sabe, colapso,
Passarinhar
não quer, beija-florear não!
Não!
Voar, sozinho não!
Voa,
ninho vazio.
Nest, galhos
retorcidos,
Arrancam-lhe
as penas,
Viva!
Arrancam-lhe as amarras,
Pelado,
Encarnam-lhe
penas.
O
toque, a mulher, os ovos,
A
felicidade.
Canta
o amanhecer, galo preto,
Cinzas
penas e sonhos
Pena
passarinho,
Ser
Fênix, renascer as cinzas.
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