sexta-feira, 24 de julho de 2015

Gray Bird

Será apenas uma poesia, simples poesia. Peço que sintam e tirem as suas conclusões.


Passará


Tanta agonia, os olhos lacrimosos.
A inveja dos casais, trocando mãos nas ruas.
Peitos estufados, pavões urbanos.
Ladrões! Roubam a cena do passarinho cinza.

Cinza! Cinza! Impassividade
Ante o ódio à frente, preso em si.
Pavões não voam. Passarinho pode.
Passarinho Cadê?

Engaiolado na visão,
Flutua no ar, movimento em forma de beijos.
Enlouquece, desvia, o concreto
Foge da realidade.

Pavonear não sabe, colapso,
Passarinhar não quer, beija-florear não!
Não! Voar, sozinho não!
Voa, ninho vazio.

Nest, galhos retorcidos,
Arrancam-lhe as penas,
Viva! Arrancam-lhe as amarras,

Pelado,
Encarnam-lhe penas.
O toque, a mulher, os ovos,
A felicidade.

Canta o amanhecer, galo preto,
Cinzas penas e sonhos
Pena passarinho,

Ser Fênix, renascer as cinzas.




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