Viramundo
Vago
e revago pela rua,
Frente,
trás, o muro descascado,
A
posição da casa em diferentes ângulos.
Nuvem
cobrindo o sol na ida.
Reconhecer
das múltiplas vistas.
Na
praça,
Sapatos
gastos seguem
Sempre
com rumo.
Único
objetivo: passar.
Se
ficam, passam o tempo.
Não
veem a beleza de vagar,
Conhecer
a vida... Sem velocidade.
Sair
das janelas,
Das
grades que prendem... E ir...
Da
rua natal para o bairro próximo,
A
estação de trem, o município longe.
Descer
a serra, fugir da selva.
Cair
na tranquilidade.
Descalçar
da vida.
Sentir os dedos.
Sentir os dedos.
A
grama, o bicho do pé,
a
lama escorregadeira.
Andarilhar
na beira da estrada.
Enquanto
carros vão, vejo bois.
Antiga
pedreira, minas de argila,
Cercas
de arame e mato, lagos e sítios.
O
olhar civilizatório da natureza.
Ferir
os pés no limiar do concreto,
Da
sociedade.
Trovar
amplidões
Sem
Vira-mundo.
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